quinta-feira, 23 de junho de 2011

Albert Camus : La Peste - José Emílio Almeida

Albert Camus est né le 7 novembre 1913 à Mondovi dans l'ex-département de Constantine en Algérie et mort le 4 janvier 1960 à Villeblevin dans l'Yonne.
Écrivain, dramaturge, essayiste et philosophe français. Il fut aussi un journaliste militant engagé dans la Résistance et dans les combats moraux de l'après-guerre.
L'œuvre de Camus comprend des pièces de théâtre, des romans, des nouvelles, des poèmes et des essais dans lesquels il développe un humanisme fondé sur la prise de conscience de l'absurdité de la condition humaine mais aussi sur la révolte comme réponse à l'absurde, révolte qui conduit à l'action et donne un sens au monde et à l'existence.
Sa critique du totalitarisme soviétique lui a valu les anathèmes des communistes et a conduit à la brouille avec Jean-Paul Sartre.
Il a été couronné à 44 ans par le Prix Nobel de littérature en 1957 et son aura reste grande dans le monde.

Œuvres de Camus
Révolte dans les Asturies (1936), essai de création collective
L'Envers et l'Endroit (1937), essai
Caligula (première version en 1938), pièce en 4 actes
Noces (1939), recueil d'essais et d'impressions
Le Mythe de Sisyphe (1942), essai sur l'absurde
L'Étranger (1942), roman
Le Malentendu (1944), pièce en 3 actes
La Peste (1947 ; Prix de la critique en 1948), récit
L'État de siège (1948) Spectacle en 3 parties.
Les Justes (1949), pièce en 5 actes
Actuelles I, Chroniques 1944-1948 (1950)
L'Homme révolté (1951), essai
Actuelles II, Chroniques 1948-1953
L'Été (1954), essai
La Chute (1956), récit
L'Exil et le Royaume (Gallimard, 1957), nouvelles (La Femme adultère, Le Renégat, Les Muets, L'Hôte, Jonas, La Pierre qui pousse)
Réflexions sur la peine capitale (1957), en collaboration avec Arthur Koestler, Réflexions sur la Guillotine de Camus
Actuelles III, Chroniques algériennes, 1939-1958 (1958).

La Peste

Elementos da Narrativa

1. Corrente Literária
Apesar de negar, Camus é classificado tanto nos dicionários quanto na historiografia filosófica como um filósofo existencialista. No entanto, Camus tem seu pensamento filosófico firmado no conceito do absurdo e o da revolta, características encontradas em La Peste.

2. Personagens
São personagens de "A Peste": o médico, doutor Bernard Rieux, conhecido por ser homem corajoso, cumpridor de dever e taciturno, sendo, no entanto um homem de ação; o solitário Grand, homem com sentimentos nobres, que se dedicava a escrever seu livro, um trabalho sem futuro; o intelectual Paneloux, despótico; Tarrou, que por ter sido responsável pela morte de milhões de homens, não sente paz e coloca-se ao lado das vítimas.

3. Tempo
A população de Oran não enxerga outra senão uma ordem de tempo que se fecha na agonia que eles passam: em um instante eles vivem, em seguida chega a Peste, a cidade é isolada, muitos morrem, por fim, a Peste se afasta. Para se referirem aquele tempo, saberiam apenas relatar sobre a vida, a morte, o sofrimento ou a solidariedade, seus erros ou seus deveres. Esta seria a ordem anódina de tempo para eles, em que a Peste chega, flagela e depois some.

4. Espaço ou Ambiente
Roland Barthes, escritor e filósofo francês, classifica A Peste como crônica, baseado na definição encontrada no Dictionnaire de la langue française, mais conhecido como o Littré. Assim, como é comum neste tipo de narrativa, a comunidade é uma cidade, chamada Oran, apresentada em seus costumes e seu modo de ser. A cidade é, aliás, o tema e a base do relato, nada existindo fora dela. Assim, tudo se desenrola na clausura material de Oran, que tem de um lado, o mar, para quem as portas da estavam fechadas.
Oran é descrita como uma cidade comum que não passaria de uma “prefeitura francesa na costa argelina”. Por ela as personagens passam da cínica indiferença à desesperada união solidária. Enquanto isso, ondas da morte que engolem seus habitantes. Primeiro os ratos, em seguida cidadãos importantes, políticos, juízes e religiosos.

5. Narrador
A Peste é narrada em terceira pessoa, (Dr. Rieux decidiu, então, redigir esta narrativa, que termina aqui).

6. Trama
La Peste foi elaborado como uma tragédia em cinco atos. Trata-se de uma novela contemporânea, humanista, em que o autor narra a história da cidade de Oran, no momento em que se vê atingida repentinamente por uma peste. Durante este período de crise valores como a moral, a honestidade  e a solidariedade povoam os corações de alguns personagens.

Resumo
La peste, publicada em 1947, é a primeira grande obra de Albert Camus e seu grande sucesso de vendas. Nos dois primeiros anos, chegou a vender 161.000 exemplares. Mas, considera-se que já chegou a cinco milhões.
La Peste foi elaborado como uma tragédia em cinco atos. Sua historia se situa em abril de 194., em Oran, uma pequena cidade “fechada” de costas para o mar. A cidade encontra-se então mergulhada num completo isolamento, para evitar a propagação da epidemia nas outras cidades. Como é que os habitantes reagiram face a tal epidemia? Alguns tentam fugir, outros se resignam, outros aproveitam com a tal situação. E, mais passa o tempo mais os habitantes temem o flagelo que parece não querer desaparecer. Oran parece então como um campo de concentração onde a vida de cada pessoa está ameaçada. Porém o tempo da libertação chega enfim. Os habitantes tornam-se livres, Isto dito, o Médico Rieux, personagem central da história, a peste assombra seu espírito.. Se a peste desapareceu, ela pode reaparecer de um momento a outro. Os flagelos fazem parte integrante do homem. Eles podem aparecer em qualquer momento e podem atingir a qualquer pessoa sem discriminação. Se esta obra literária é uma pura ficção, ela nos faz lembrar uma triste realidade que foi a segunda guerra mundial e os campos de concentração. Salvo de que, nesta obra, o flagelo e a peste, e não são distúrbios causados por seres humanos. A realidade é mais desoladora que a ficção.

Primeira parte
Oran, um dia de abril de 194., o doutor Rieux descobre o cadáver de um rato sobre o patamar em frente ao seu consultório. O porteiro, senhor Michel, pensava que se tratava de brincadeira de mau gosto de pessoas que gostam de soltar bichos mortos diante do seu prédio. Ao meio dia, Rieux acompanha sua esposa doente à estação para se tratar em uma cidade vizinha. Alguns dias mais tarde, uma agencia de noticias divulga que mais de seis mil ratos foram encontrados e coletados no mesmo dia. Aumenta a ansiedade. Algumas pessoas começaram a denunciar a prefeitura. Mas, de repente, o número de ratos mortos diminui, as ruas voltam a ficar limpas reencontram, a cidade se imagina salva.
Sr. Michel, o porteiro do prédio de Rieux, adoece. Dr. Rieux tentou tratá-lo. Sua doença está piorando rapidamente. Rieux não pode fazer nada para salvá-lo. O porteiro sucumbe a um mal misterioso e violento.
Rieux é chamado por Grand, um funcionário da Câmara Municipal. Ele quer impedir o suicídio de certo senhor Cottard. As mortes estão aumentando. Rieux consulta seus colegas. O venho Castel, um deles, confirma suas suspeitas: é de fato a praga. Depois de muito relutar e muita burocracia, Rieux trata de deixar as autoridades conscientes da epidemia e decidem "fechar" a cidade.

Segunda parte
Lentamente a cidade se movia para o isolamento. O confinamento e medo afetam o comportamento individual e coletivo, "a praga foi assunto de todos", diz o narrador.
Os moradores precisam lidar com o isolamento, tanto fora como dentro da cidade. Eles têm dificuldade para se comunicar com seus pais ou amigos que estão lá fora. No final de junho, Rambert, um jornalista parisiense separado de sua companheira, pediu em vão pelo o apoio de Rieux para retornar à Paris. Cottard, que em abril, havia tentando suicídio por razões desconhecidas, parece ter uma satisfação mórbida na desgraça dos seus concidadãos. Os habitantes de Oran tentam compensar as dificuldades, confiando nos prazeres materiais. Grand, funcionário da prefeitura se concentra em escrever um livro relatando a primeira fase da edpidemia. O padre Paneloux fez do flagelo um instrumento de punição divina e exortou seus seguidores a meditar sobre a punição dirigida a homens privados de qualquer senso de caridade.
Tarrou, filho de um procurador e um estranho na cidade, tem em seus livros, suas crônicas próprias da epidemia. Ele acredita somente nos seres humanos. Ele demonstrou coragem e se colocou a disposição de Rieux para organizar o serviço de saúde. Rambert se juntou a eles.

Terceira parte
É verão, a tensão cresce e aumenta a epidemia. Há tantas vítimas que precisam ser, com urgência, jogadas nas covas, como animais. A cidade é obrigada a suprimir distúrbios e saques. Os moradores parecem resignados. Parecem ter perdido suas memórias e suas esperanças. Eles não têm ilusões e se contentam em esperar...

Quarta parte
Esta parte se desenrola entre setembro e dezembro. Rambert teve a oportunidade de deixar a cidade, mas desistiu de ir. Ele está determinado a lutar até ao fim ao lado de Rieux e Tarrou. A agonia de uma criança, filho do juiz Otto e o sofrimento experimentado por este jovem inocente agitou Rieux e gerou incertezas no Padre Paneloux. O padre se refugiou na solidão de sua fé e morreu sem pedir ajuda ao médico, balançando fervorosamente contra si um crucifixo. Tarrou e Rieux vivenciaram um momento de comunhão, tomavam banhao no mar. No Natal, Grand fica doente e acredita-se perdido. Mas ele se recupera como resultado de um novo soro. Os ratos reaparecem de novo.

Quinta parte
No mês de janeiro o flagelo regride. É, contudo, as últimas vítimas: Othon, em seguida, Tarrou que morre sereno, na casa Rieux. Ele entrega suas anotações ao médico. Desde que anunciou a regressão do mal, a atitude de Cottard mudou, sendo preso pela polícia depois de um ataque de demência.
Um telegrama chega a Rieux, sua esposa faleceu.
No alvorecer de uma bela manhã de fevereiro, os portões da cidade foram finalmente abertos. Os moradores são libertos, mas não esquecem a provação, que lhes confrontou com o absurdo de suas existências e da fragilidade da condição humana.
Aprendemos a identidade do narrador: é Rieux que queria relatar esses acontecimentos com a maior objetividade possível. Ele sabe que o vírus da febre pode um dia voltar e apela à vigilância.

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